A atual gestão da OAB de Goiás, que patrocina a candidatura de Rafael Lara na corrida pela presidência da entidade, chega a seis anos de mandato e acumula uma série de promessas de campanha não cumpridas. As informações são comprovadas por acervo de material produzido nas últimas duas eleições.
Advogados em início de carreira são os mais castigados com a falta de compromisso com a advocacia, com promessas feitas em 2015, repetidas em 2018 e agora de novo em 2021. Um dos exemplos é a promessa de criação do programa de trainee conveniado com escritórios e órgãos públicos em todo o estado, projeto nunca realizado.
Lúcio Flávio e Rafael Lara prometeram implementar a iniciativa nos moldes das grandes empresas privadas. Tiveram seis anos para fazer e não cumpriram, da mesma forma que o compromisso de redução da anuidade, a segunda mais cara do Brasil, que também não foi cumprida e continua prejudicando os advogados.
O grupo de Rafael Lara prometeu, em campanhas anteriores, que a OAB-GO iria intervir “como assistente nos processos em que ocorrem a fixação de honorários irrisórios”. Assim como a promessa do “SOS honorários”, ambas ficaram só no papel.
Da mesma forma, a promessa de criação de creches para filhos de advogadas e advogados não se tornou realidade, fato alvo de inúmeras críticas especialmente pelas mulheres advogadas.
O grupo de Lúcio Flávio e Rafael Lara também prometeu que a OAB-GO iria oferecer “curso gratuito para os advogados recém-inscritos, com conteúdo programático moderno, oferecendo subsídios para os desafios da profissão”, mas, de novo, não cumpriu. O mesmo aconteceu com a proposta de criar o projeto “Reclame OAB”, serviço que nunca foi implantado.
A promessa era de que a Ordem teria um canal para receber reclamação sobre o andamento dos processos, atendimento dos magistrados e serventuários da Justiça, funcionamento dos cartórios judiciais e salas da OAB, mas também só ficou no papel. A maioria das promessas não cumpridas em seis anos de gestão agora são repetidas pela campanha de Rafael Lara, gerando críticas dos adversários. “Tiveram seis anos para fazer e não fizeram. Não será agora que vão cumprir”, alfineta um concorrente.
