domingo , 24 novembro 2024
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Sistema Fieg lança Escola Plus Sesi Senai na Região Sudeste de Goiânia

Com previsão de começar a funcionar no início de 2024, a Escola Plus Sesi Senai será construída na Região Sudeste de Goiânia, em terreno que integra o Jardins França, próximo à GO-020, dentro do projeto de expansão da rede de educação básica e profissional das instituições do Sistema Fieg. O anúncio oficial da obra foi feito segunda-feira (20) pelo presidente Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) e dos Conselhos Regionais do Sesi e Senai, Sandro Mabel, ao visitar a área, de 22.978,81 m², cedida em comodato pela Prefeitura de Goiânia, acompanhado de diretores da entidade e presidentes de sindicatos da indústria.

Um investimento de R$ 65 milhões, a unidade será destinada à formação e preparação de gestores, empreendedores e líderes para a nova indústria, constituindo um centro de educação e formação profissional de excelência e referência em toda a rede de ensino do Estado.

A concepção do projeto vislumbra a construção da maior e mais moderna unidade do Sistema Fieg, com área construída de 22.126 m². As experiências a serem desenvolvidas na Escola Plus, como o projeto tem sido chamado, serão “pivotadas” para toda a rede de ensino e formação profissional do Sesi e Senai. “Tudo o que der certo na Escola Plus vamos multiplicar para toda nossa rede, a exemplo do que foi feito com a robótica”, explica o diretor de Educação e Tecnologia do Sesi Senai, Claudemir José Bonatto.

Sandro Mabel explicou que a Escola Sesi Senai Plus vai formar crianças para serem gestoras nas indústrias do Estado. Com formação em tempo integral, o projeto usará áreas tecnológicas aderentes à realidade atual das grandes empresas e que contemplem as tendências do futuro da educação. “Será uma escola que vai ser referência em todo o País, pois terá tudo que existe de moderno. Vai fazer história”, diz.

Durante a visita ao terreno, o secretário municipal de Planejamento Urbano e Habitação, Valfran Ribeiro, disse que, assim que o prefeito Rogério Cruz viu o projeto desenvolvido pelo Sesi, imediatamente notou a importância da construção da escola. “O termo de cessão de uso para que o Sesi pudesse realizar a obra de construção foi feito depois que ele viu a quantidade de alunos que serão atendidos e das ações que serão realizadas pela instituição”, contou.
O presidente do Sindicato das Indústrias de Alimentação no Estado de Goiás (Siaeg), Antônio Benedito dos Santos, ressaltou que a região em que a unidade será construída está em ampla expansão. “É muito importante ter uma escola nessa região e desse nível. É um local excelente e foi uma ideia brilhante do prefeito de Goiânia ter cedido esse espaço.”

O presidente do Conselho Temático de Infraestrutura (Coinfra) da Fieg, Célio Eustáquio de Moura, lembrou que a nova unidade abrirá perspectivas para formar mão de obra que falta no mercado, que é a de liderança. Para ele, isso irá impulsionar as indústrias de Goiás. “É uma área muito grande em que se pode colocar empresários e estudantes em uma organização em prol da indústria”, visualiza.
Cezar Valmor Mortari, presidente do Sindicato da Indústria da Construção no Estado de Goiás (Sinduscon-GO), reforça que a formação de líderes é uma das demandas mais importantes para a indústria. “Formar pessoas já com perfil de líder é algo que só é feito em nível superior e aqui terá meninos formando no ensino médio já com esse porte profissional”, disse.

“Essa localização é muito acertada, já que é uma região em que a população está crescendo muito”, afirmou o presidente do Sindicato das Indústrias de Calçados no Estado de Goiás, Elvis Roberson Pinto.
Também participaram da visita o superintendente da Fieg, Igor Montenegro; os presidentes do Sindicato das Empresas de Extração de Areia do Estado de Goiás (Sindiareia), Luiz Carlos Borges; do Sincafé, Jaques Jamil Silvério, e do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Anápolis (Simmea), Ian Moreira Silva.

Unidade terá capacidade para atender até 2 mil alunos

A Escola Plus Sesi Senai terá capacidade para atender até 2 mil estudantes no ensino fundamental e médio, incorporando ainda a educação profissional, conforme define o novo ensino médio e a nova Base Nacional Comum Curricular. Com o conceito de preparar líderes por meio de competências empreendedoras, a unidade terá educação inovadora e tecnológica, por meio das metodologias Maker (faça você mesmo) e Steam (conecta disciplinas e áreas do conhecimento à realidade).

Viabilizada por meio de parceria com os departamentos nacionais do Sesi e Senai e o Sistema Fieg, a nova unidade contará com biblioteca, 21 laboratórios, 41 salas de aula, auditório para 150 pessoas, quadra esportiva e recursos pedagógicos e tecnológicos de última geração. O corpo de professores também terá elevada capacidade. A previsão é de que, em amplo funcionamento, o novo espaço abrigue 46 turmas em tempo integral e 30 em tempo parcial.
O superintende do Sesi e diretor regional do Senai, Paulo Vargas, diz que escola será a mais atualizada do País do ponto de vista tecnológico, de estrutura e de sustentabilidade. “Ela terá o foco um pouco diferente das demais, já que será destinada ao industriário e o industrial”, explica.

O diretor de Educação e Tecnologia do Sesi Senai, Claudemir José Bonatto, lembra que a escola abrigará um conjunto de laboratórios, entre eles os demandados para a Indústria 4.0 como robótica, 5G e espaço didático para a aplicação dos estudos teóricos. “O objetivo é formar nossos líderes da indústria do futuro do Estado de Goiás e futuros empreendedores dos novos negócios. É um espaço que contribuirá com a geração de oportunidade e riqueza para a sociedade goiana.”

Ainda de acordo com ele, o processo de aprendizado ali terá de ser necessariamente divertido, alegre e dinâmico. “Por isso, todos os artefatos de tecnologia vão estar à disposição. A robótica é um deles, além de simuladores, realidade aumentada, realidade virtual, jogos, games. Vai ter muito gamificação em nossos conteúdos, ambientes lúdicos e laboratórios altamente equipados”, descreve. Bonatto acrescenta que a escola deverá distribuir “muitas bolsas integrais”, mas necessariamente terá de ser “sustentável desde o seu primeiro dia para continuar tendo capacidade de inovar, de trazer tecnologia educacional, de acessar a última versão das soluções metodológicas desenvolvidas, as práticas pedagógicas mais inovadoras”.