sexta-feira , 27 dezembro 2024
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Reitor relata déficit de R$ 20 milhões e luta para UFG não fechar as portas

(Matéria do site Poder Goiás)

Em artigo publicado em O Popular no último domingo, 10, o reitor da Universidade Federal de Goiás, Edward Madureira Brasil, reportou a dramática situação financeira vivida pela universidade e que ameaça sua capacidade de funcionamento. Mesmo com corte de despesas, a UFG tem um déficit acumulado no ano de R$ 20 milhões motivado, sobretudo, pela diminuição de repasse do governo federal.

“Desde agosto de 2020, por ocasião do envio da Lei Orçamentária Anual ao Congresso Nacional, divulgamos alerta sobre o risco que a UFG correria de não conseguir concluir suas atividades nesse ano de 2021. Tal alerta teve como base o corte de cerca de 18% na LOA que somado às reduções orçamentárias de anos anteriores e aos impactos decorrentes do desmembramento das duas novas universidades federais do estado, levariam à impossibilidade absoluta de arcarmos com as despesas de manutenção da instituição”, explicou Edward.

O reitor da UFG destacou que, diante do cenário de perda de receitas, implementou uma política interna de redução de custos, mesmo sabendo que alguns cortes seriam danosos para o pleno funcionamento da instituição. Somados aos investimentos em modernização do sistema de segurança e painéis fotovoltaicos, levaram a uma redução de despesas de R$ 13 milhões no ano.

Mesmo com a redução dos custos e investimentos em modernização, a UFG enfrenta uma realidade “dramática”, de acordo com Edward Madureira. Segundo ele, o descompasso financeiro pode levar a interrupção de fornecimento de diversos serviços e o próprio funcionamento da instituição.

“As despesas anuais de custeio da instituição eram da ordem de R$ 78 milhões em 2020, que somadas a um passivo do ano anterior de R$ 8 milhões, totalizaram em uma necessidade de recursos de R$86 milhões em 2021. Diante de um orçamento reduzido para 53 milhões, mesmo considerando o grande esforço de economia, foi gerado um déficit de R$ 20 milhões que inviabiliza o pagamento das despesas da universidade nos 4 últimos meses do ano”, relatou o reitor da UFG.

Edward Madureira afirmou que, diante do cenário financeiro caótico, está mobilizando parlamentares, governo federal e demais atores da sociedade para manter a UFG de portas abertas e em pleno funcionamento. Por fim, o reitor destaca que a instituição movimenta R$ 2 bilhões, injetados na economia do Estado em forma de salários, recursos para pesquisa, projetos de extensão e cultura captados junto aos governos, empresas e organizações do terceiro setor.