“Estou aqui buscando o apoio de todos os outros seguimentos para fortalecer a nossa luta, para que o governo tenha sensibilidade e retire o PPI, a Política de Preços de Paridade de Importação. Peço apoio de todos os nossos irmãos caminhoneiros, porque a partir de amanhã vamos cruzar os braços”, declarou o líder caminhoneiro, em um vídeo gravado às margens da uma rodovia em São Paulo.
No início de novembro, as entidades de representação nacional de caminhoneiro declararam estado de greve após reunião no Rio de Janeiro. As organizações estimam receber apoio de mais de um milhão de caminhoneiros.
O diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL) e presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga de Ijuí (RS), Carlos Alberto Litti Dahmer, também divulgou vídeo, onde aparece pedindo aos caminhoneiros que cruzem os braços, a partir desta segunda-feira. “Todos a luta! É um movimento de mobilização que já se inicia aqui pelo Rio Grande do Sul, se inicia por Santos, se inicia por vários pontos do país e deve ter continuidade no dia de amanhã”, afirmou Litti.
Entre as principais demandas da categoria estão a revisão da política de preços dos combustíveis na Petrobras, o estabelecimento de um valor mínimo de frete e a melhoria e construção de novos pontos de descanso para a categoria. Os caminhoneiros estão com uma proposta de preços do óleo diesel para apresentar ao governo. Eles atacam a política de preço de paridade de importação (PPI), adotada pela Petrobras, e propõem a política de preço de paridade de exportação (PPE), baseada exclusivamente em custos nacionais.
Durante a semana passada, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, chegou a minimizar a greve, declarando não acreditar que a adesão dos caminhoneiros fosse grande. A declaração do ministro, porém, parece ter acirrado os ânimos da categoria. Segundo informações publicadas pelo Congresso em Foco Insider na sexta-feira (29), alguns segmentos da economia, especialmente no setor varejista, já tinham planos de contingência para prevenir possíveis situações de desabastecimento. O maior temor é que, às vésperas do feriado de Finados, na terça-feira (2), os caminhoneiros fechem as rodovias do país.
(Matéria do site Congresso em Foco)