O Centro Internacional de Negócios (CIN) da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) divulgou segunda-feira (08/11) análise do resultado da balança comercial goiana no mês de outubro/2021. Com queda nas exportações e incremento nas importações, o saldo foi deficitário em US$ 90,6 milhões. O recuo em relação ao mesmo período do ano passado foi de 136% e, na comparação com setembro/2021, a queda registrada foi de 130%.
O embargo chinês à carne brasileira e a crise hídrica, com desdobramento no fornecimento de energia, impactaram negativamente os números. “Quando analisamos o ranking de produtos exportados, percebemos acentuada queda na negociação de carnes desossadas. Já no ranking de produtos importados, vemos disparar o insumo energia elétrica, que respondeu por quase 30% do total de importações de Goiás”, explica a coordenadora do CIN, Johanna Guevara.
Em outubro, as exportações goianas fecharam em US$ 569,3 milhões, retração de 25% na comparação com setembro/2021; enquanto as importações tiveram aumento de 45%, totalizando US$ 659,9 milhões em valor negociado. Outro aspecto destacado na análise é o recuo expressivo das exportações de soja, principalmente devido à antecipação da importação do produto pela China em meses anteriores.
Para o presidente da Fieg, Sandro Mabel, os números confirmam a importância de diversificar os parceiros comerciais goianos e incentivar a industrialização do que é produzido em Goiás. “Temos batido nessa tecla e alertado sobre o risco de concentrar a metade das exportações goianas em um único parceiro comercial, no caso a China”, reafirmou.
Principal destino das exportações goianas, a China lidera o ranking de países importadores de Goiás, normalmente com participação entre 40% e 50% do total exportado pelo Estado. Com o embargo, que durou dois meses, a participação caiu para 32% em setembro/21 e para 12,2% em outubro/21. Desde fevereiro deste ano a balança comercial goiana não fechava deficitária, sendo o resultado desse mês impactado pela sazonalidade da safra.