A Ordem dos Advogados do Brasil, Secional Goiás, voltou a ser alvo de questionamento pelos gastos realizados na atual gestão, presidida pelo advogado Lúcio Flávio, que está a frente da instituição há 6 anos. Desta vez, os gastos com publicidade, jantares e presentes foram expostos, por meio de vasta documentação, em site nacional de comunicação.
De acordo com o site Jurinews, mesmo com a pandemia e com serviços reduzidos, a OAB de Goiás gastou R$ 7,1 milhões em propaganda, refeições, jantares e hotéis de luxo em Goiânia e também fora do estado.
Foram mais de R$ 4,2 milhões em propaganda, R$ 2,3 milhões em refeições, jantares e viagens e R$ 580 mil em presentes e brindes adquiridos pela entidade, cuja necessidade e destinação não são informados no portal da transparência da OAB Goiás, que está incompleto e mostra apenas poucas notas fiscais.
Entre os casos mais extravagantes, entre os poucos disponíveis no portal, a reportagem do Jurinews faz menção a uma nota fiscal de um jantar regado champanhe e risotos de scargot e polvo com custo de R$ 15 mil, tudo bancado pela OAB para um restrito grupo de convidados da diretoria da instituição. O jantar, de acordo com a nota fiscal publicada pelo site, foi no restaurante GRA, em Goiânia.
Em outra nota fiscal, a OAB Goiás custeou dois dias de hospedagens em um resort de luxo na cidade turística de Caldas Novas. Entre refeições e hospedagem, a secional goiana desembolsou mais de R$ 92 mil com o passeio para convidados e a diretoria. Há ainda outra nota de hospedagem no resort Vila Galé, na Bahia, onde um dos advogados hospedados foi o diretor da entidade, Jacó Coelho. De acordo com nota publica pelo Jurinews, a conta foi mais de R$ 40 mil.
Durante a última semana, o presidente Lúcio Flávio gravou vídeo com explicação em que disse ser este um gasto necessário para tratar advogados que frequentam atividades institucionais em Goiás. A resposta, em meio a eleição da OAB, foi criticada e a advocacia goiana aguarda que o candidato apoiado por Lúcio, e atual dirigente da OAB, Rafael Lara, também explique os motivos que levaram a atual gestão investir desta forma o valor da segunda anuidade mais cara do país, paga atualmente pelos advogados goianos.
