segunda-feira , 23 dezembro 2024
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Mandetta desiste de candidatura a presidente e afunila 3ª via

O ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), informou ao comando do União Brasil, partido que será formado a partir da fusão entre DEM e PSL, que não deseja mais disputar a Presidência da República em 2022. Em reunião com a cúpula do partido, Mandetta afirmou que prefere concorrer a um cargo legislativo no Mato Grosso do Sul.

A saída de Mandetta da lista de presidenciáveis abre caminho para que o União Brasil apoie outro nome da chamada “terceira via” para enfrentar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), líder nas pesquisas de intenção de voto, e o atual presidente, Jair Bolsonaro, que aparece em segundo.

Segundo o presidente do PSL (que vai presidir também o União Brasil), Luciano Bivar, a sigla agora discute apoiar um desses três nomes da terceira via: o ex-ministro Sérgio Moro, do Podemos; o candidato do PSDB, que ainda definirá seu nome nas prévias entre os governadores João Doria (SP) e Eduardo Leite (RS); ou o MDB, que vai lançar a pré-candidatura da senadora Simone Tebet (MS).

Também não está descartada uma candidatura própria, mas hoje não há um nome. “Estamos vendo quem aceitará efetivamente ser o candidato. Estamos considerando também outras candidaturas (de outros partidos), como a gente pode se agrupar, com o MDB, o PSDB e o Podemos”, disse Bivar ao Estadão.

A desistência de Mandetta foi revelada originalmente pelo site Poder 360. Inicialmente, a fusão DEM-PSL tinha três pré-candidatos à Presidência. O apresentador José Luiz Datena previa se filiar ao PSL e foi apontado como pré-candidato em 2022. Assim como o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que era do DEM, e também cotado como presidenciável.

Pacheco se filiou ao PSD e Datena deve seguir o mesmo destino, apesar de ter anunciado a suspensão da filiação à sigla. Com a desistência de Mandetta, comunicada ao partido na última terça-feira, não há nenhum outro integrante do União Brasil que apresente publicamente intenção de concorrer à sucessão de Bolsonaro.

Moro entrou na política partidária no último dia 10 de novembro. Com menos de um mês de filiação, ele já busca alianças com outras legendas e tem procurado diálogo com União Brasil, Novo, Patriota, Cidadania e Republicanos. (Agência Estado)