terça-feira , 5 novembro 2024
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Colecionador de medalhas: Goiás é ouro na maior competição de qualificação das Américas

Menos de uma semana após ganhar medalha de prata em mundial de design gráfico da Adobe, multinacional americana que desenvolve programas de computador, Gustavo Oliveira de Souza, ex-aluno do Senai Canaã, volta a subir ao pódio em uma disputa internacional, agora, no lugar mais alto – ele conquistou a medalha de ouro em tecnologia de design gráfico na Worldskills Américas, maior competição de educação profissional das Américas.

Organizada pela Guatemala, a Wordskills Américas 2021 foi realizada de 22 a 26 de novembro, em ambiente on-line, e envolveu a participação de 50 competidores de 18 países, que disputaram em nove ocupações profissionais. Os vencedores foram anunciados sábado (27/11), durante transmissão ao vivo pelo YouTube. Uma aluna do Canadá e um da Colômbia garantiram a segunda e a terceira colocação, respectivamente.

Presidente da Federação das Indústrias de Goiás (Fieg) e dos Conselhos Regionais do Sesi e Senai, Sandro Mabel comemorou o excelente resultado alcançado por Gustavo na competição. “Estamos formando cada vez mais campeões. O ouro na Wordskills Américas coroa o esforço de toda uma equipe empenhada em qualificar profissionais para os desafios da Indústria 4.0, focados em tecnologia e inovação”, disse.

Além de Goiás, outros sete competidores do Senai de Alagoas, Minas Gerais, São Paulo, do Rio de Janeiro e do Paraná subiram ao pódio. Eles conquistaram cinco medalhas de ouro e duas de prata nas ocupações de soluções de software para negócios, desenho mecânico assistido por computador (CAD), segurança cibernética, web design, arte digital 3D para games, gestão de sistemas de redes TI e de desenvolvimento de aplicativos móveis. A delegação brasileira também marcou presença na competição com 10 avaliadores, dois preparadores e dois delegados.

Sonho de adolescência

Gustavo conquistou a primeira colocação acumulando 69,47 pontos nas provas disputadas, quase 9 pontos à frente da competidora do Canadá, forte concorrente na ocupação. “Sonhei durante toda a minha adolescência em representar o Senai Canaã na Worldskills, na categoria de design gráfico. Hoje, muito bem amparado por toda a equipe da unidade, consegui realizar meu desejo de levar a bandeira da escola, do Estado e do Brasil para o mundo todo”, comemora o medalhista de ouro, que iniciou sua jornada de campeão em 2008, como aluno do ensino fundamental no Sesi Canaã, onde estudou durante dois anos. Em 2016, ele passou no processo seletivo para o curso técnico em processos gráficos (Ebep) no Senai Canaã.

“A experiência foi a melhor possível, consegui meu primeiro estágio ainda no ensino médio, com 16 anos. Em 2019, tive a oportunidade de retornar à escola como estagiário de assistente em marketing, onde atuei por dois meses. Até que tive a oportunidade de participar da seletiva para a Worldskills. Continuo focado em trazer mais conquistas ano que vem, juntamente com a equipe do Senai Canaã que tanto me apoia nessa trajetória”, conta Gustavo.

Com esse resultado, a Escola Senai Vila Canaã, de Goiânia, referência em formação de profissionais para o segmento gráfico, é tricampeã na competição. Na primeira edição da Worldskills Américas, realizada em São Paulo, em 2012, Luma Stefany de Novais, aluna de design gráfico da unidade, trouxe a medalha de ouro para casa. Em 2014, foi a vez de Paulo Henrique Pereira, outro aluno da área, vencer a disputa em Bogotá, na Colômbia.

“Estamos muito felizes por manter o Senai Goiás como referência na ocupação de design gráfico e temos muito orgulho dos nossos campeões. Gustavo é extremamente dedicado e focado em tudo que faz, foi uma vitória merecida”, destaca o diretor da Escola Senai Vila Canaã, Claiton Vieira.

Desafio

Goiás também participou da Worldskills Américas 2021 com dois avaliadores, Albino Andrade e Leandro Rodrigues, que atuou como avaliador líder na ocupação de design gráfico. “Pela primeira vez a competição foi realizada no formato 100% digital. Planejar e coordenar as atividades dos participantes por meio de compartilhamento de diversas câmeras e em diversos idiomas, desenvolver, aplicar e avaliar as provas de forma simultânea ao fuso horário de cada país, foi um desafio muito grande”, ressalta Leandro Rodrigues.