O papa emérito Bento 16 foi severamente criticado em um relatório independente apresentado nesta quinta-feira (20) na Alemanha sobre abusos sexuais contra menores nas arquidioceses de Munique e de Freising, que ele liderou de 1977 a 1982.
O então cardeal Joseph Ratzinger, antes de se tornar papa, não fez nada para afastar quatro clérigos suspeitos de abusos sexuais contra menores de idade, disseram os advogados do relatório encomendado pela Igreja em uma entrevista coletiva.
Em dois casos, os envolvidos eram membros do clero que cometeram várias agressões comprovadas, inclusive pelos tribunais, ressaltou. Os dois padres permaneceram dentro da Igreja e nada foi feito, acusou.
Os especialistas disseram estar convencidos de que Ratzinger estava ciente do passado pedófilo do padre Peter Hullermann, que chegou em 1980 da Renânia do Norte-Vestfália, na Baviera, onde continuou a praticar abusos por décadas sem ser incomodado.