A sessão especial de emergência na Assembleia Geral foi solicitada após a Rússia vetar no Conselho de Segurança uma resolução condenando a ofensiva.
Na decisão desta quarta-feira, a Assembleia Geral citou a resolução 2623 de 27 de fevereiro, no Conselho, que pedia a sessão de emergência “Unindo pela Paz”. Esse mecanismo é acionado quando o Conselho de Segurança não alcança unanimidade sobre um tema crucial para a paz e a segurança internacionais.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, também participou do encontro, nesta quarta-feira.
Integridade
O texto da resolução endossou a declaração do secretário-geral de que um ataque dessa natureza repudia os princípios da Carta da ONU e lembra aos Estados-membros da ONU sobre sua obrigação com o Artigo 2 do documento de se absterem de ameaças ou uso da força contra a integridade territorial e a independência política de qualquer nação resolvendo suas diferenças por meios pacíficos.
O texto da Assembleia condena a declaração da Rússia sobre uma “operação militar especial” na Ucrânia, feita no último 24 de fevereiro, e expressa preocupação grave com ataques a alvos civis como residências, escolas, hospitais ferindo e matando incluindo mulheres, crianças, pessoas com deficiências e idosos.
Segundo a Agência da ONU para Refugiados, Acnur, mais de 875 mil ucranianos já cruzaram as fronteiras com países vizinhos para fugir dos ataques russos.
Dos países lusófonos, Angola e Moçambique se abstiveram. Guiné-Bissau se ausentou e os demais países votaram a favor incluindo o Brasil.