O preço da gasolina subiu pela quinta semana seguida, segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP). O valor médio do litro passou de R$ 7,295, na semana passada, para R$ 7,29 nessa semana, marcando novo patamar médio recorde no varejo. Segundo a ANP, o aumento ocorreu na terceira casa decimal do preço da gasolina. Desde janeiro, o avanço é superior a 9,3% nas bombas. Em Goiânia a gasolina já custa R$ 7,67 reais o litro.
Durante a última campanha eleitoral Caiado anunciou que cortaria o ICMS dos combustíveis, condenado por ele na época, porém não cumpriu sua promessa.
Considerando o preço atual, o governo fatura duas vezes mais nos 30% de ICMS do que quando ele fez a promessa. Na época, a gasolina, por exemplo, em 2017, quando Caiado prometeu cortar o ICMS, o preço do litro era R$ 3,75 reais, e o governo arrecadava R$ 1,12 por litro. Hoje, mesmo com o famigerado congelamento, o governo Caiado arrecada R$ 1,96 reais por litro. O que significa uma arrecadação de 44% a mais do que em 2017.
Se em 2017 o cidadão colocasse 20 litros de gasolina no carro o governo arrecadava R$ 22,40 reais. Hoje se o cidadão colocar os mesmos 20 litros, com o congelamento de Caiado, o estado abocanha R$ 39,20. Uma diferença de R$ 16,80 reais a mais com Caiado no governo.
Congelamento significa menos de 1%
Na verdade o congelamento de Caiado abre mão apenas de R$ 0,33 centavos. Antes do congelamento, com o preço da gasolina o governo Caiado faturaria em 20 litros, R$ 39,53. Com o congelamento fatura R$ 39,20. Ou seja, o congelamento reduz menos de 1% do faturamento. Piada.
Além de não cumprir sua promessa de campanha, Caiado surfa na onda da inflação. A lógica seria, se Caiado quisesse cumprir a sua promessa de campanha, deveria pelo menos congelar o ICMS da gasolina no valor de quando ele prometeu, em 2017, de R$ 3,75 reais, aí sim teria como justificar. O resto é balela e promessa furada, eleitoreira.
Cristiano Silva
G24H