sexta-feira , 17 maio 2024
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Tenente-coronel Edson afrontou o Ministério Público ao dizer que a “polícia deve matar mais”. O ciclo da impunidade deve ser rompido

Um oficial, com função de confiança de Caiado, diz que a polícia tem que “matar mais” em uma emissora de TV do Estado. Em um grupo de WhatsApp outra oficial diz que a tropa goiana é “doente e drogada”. E nas ruas crescem os números de pessoas mortas pela polícia, conforme o Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Em nome do governo a matança está a e o Ministério Público não vai fazer nada?

O tenente-coronel Edson carrega o peso da patente com sofrimento por “expressar o que não deveria” por falta de maturidade, a estrela chegou em seu peito antes da experiência. No governo Caiado a questão do mérito foi ignorada. Um exemplo do que estamos dizendo está no livro sobre a morte do bandido Lázaro. Quem matou? A polícia ou o Edson? Quem capturou? A polícia ou o Edson? Quem comandou a operação? O Coronel Henrickson ou o chefe da segurança de Caiado, Edson? Querem transformar a captura e morte do Lázaro em heroísmo particular, e transformar um chefe de segurança em “Rambo do cerrado”, e isto é uma grande falta de respeito com todos os policiais que participaram da Operação. Escolher o Edson, protegido da “madrinha Gracinha Caiado” para o exterminador do matador do sanguinolento Lázaro, para tapear desavisados e conseguir votos, é a primeira afronta do governo Caiado.

A segunda afronta, no caso do tenente-coronel é o aumento das mortes causadas por policiais, graças a declarações como esta: “a polícia tem que matar mais”, o que causa um impacto nas ruas. No primeiro ano do governo Caiado foram 535 mortes, o que representa uma média de 7,6 pessoas mortas a cada 100 mil habitantes. O estado ficou atrás somente do Amapá (14,3) e Rio de Janeiro (10,5). Depois Caiado passou a esconder as informações da Secretaria de Segurança Pública.

de acordo com a Constituição de 1988, o Ministério Público tem o dever de garantir o controle externo das atividades policiais, que devem ser condizentes com os direitos humanos. O MP não pode ser apático, agindo menos do que a lei determina, menos do que as cortes internacionais estabelecem. Os promotores possuem ferramentas para romper o ciclo de impunidade.

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