José Roberto Arruda voltou a ficar inelegível, conforme decisão do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Gurgel de Faria. O ex-governador do Distrito Federal, que é do PL, mesmo partido do presidente Jair Bolsonaro, foi condenado em dois processos por improbidade administrativa.
Arruda deseja ser candidato a deputado federal pelo Distrito Federal, que ele comandava quando se tornou o primeiro governador preso em exercício, sendo afastado do cargo em meio à investigação do maior esquema de corrupção já desvendado na história da capital, por meio da Operação Caixa de Pandora.
No entanto, Gurgel de Faria revogou a decisão que liberava o ex-governador para concorrer nas eleições deste ano, ao lado da mulher, a deputada federal Flávia Arruda (PL). Ex-ministra da Secretaria de Governo de Bolsonaro, ela é candidata a senadora pelo DF.
Em 6 de julho, durante o recesso do Judiciário, o presidente do STJ, ministro Humberto Martins, concedeu liminar ao ex-governador para afastar a inelegibilidade e restabelecer os seus direitos políticos.
As condenações contra Arruda se referem a processos decorrentes da Caixa de Pandora, deflagrada em 2009. Também chamada de Mensalão do DEM de Brasília, a investigação apurou corrupção e improbidade administrativa no governo Arruda.