Durante a pandemia, Caiado foi ao programa do Pedro Bial, TV Globo, e em uma longa entrevista atacou ferozmente Bolsonaro, afirmando que ele criou o “falso dilema entre economia e saúde”. Em outro recorte ele disse: “apoio não significa submissão” e por isso não apoiaria Bolsonaro, e que o presidente deveria pedir desculpas, “reconhecer excessos e ao mesmo tempo colocasse na mesa de negociação o presidente do Supremo, o do Congresso, da Câmara, o Ministério Público, as entidades de classe”.
Bolsonaro não fez nada disso. Apenas estalou os dedos, e o bravateiro Caiado foi correndo para Brasília, todo feliz, assim com fazem os cachorrinhos quando reconhecem seus donos.
O consultor Marcelo Garcia Vargens considerou a decisão de Caiado, neste segundo turno das eleições, como ato falho grave e anunciou seu desligamento imediato do governo.
Opinião
No fundo, Caiado também é mestre na arte de intoxicar a democracia. Por isso viu em Bolsonaro o que sempre quis ser, mas nunca teve competência para conquistar.
Bobo de quem cai no bafo de boca vindo de seus lábios sedutores.
Fazendo gracejos e sorrindo, com seus dentes de ferro, o governador apareceu na imprensa nacional apoiando tudo aquilo que condenava há alguns dias, e ainda saiu com o “que bonitinho, ele fala igual goiano”.
Não estamos falando de declarações feitas por Caiado contra Bolsonaro no calor de um primeiro turno. Não. Caiado e Bolsonaro caminharam para lados opostos durante a convivência de 4 anos. Jogaram seus eleitores um contra o outro. Sabotaram-se reciprocamente. Caiado cuspiu na cara dos bolsonaristas ao dizer o famoso “não preciso do seu voto”. Os bolsonaristas vaiaram Caiado em Rio Verde em um espetáculo vexatório nacional. E agora está tudo bem?
De duas uma: Caiado mentiu para todos o tempo todo ou enganou Bolsonaro com seu apoio?
Realmente, quem viu de perto tantas farpas e tem vergonha na cara, não tem estômago e pede para sair.
Cristiano Silva
G24h