O bolsonarismo levou o Brasil para a república velha e transformou as empresas em currais eleitorais. Patrões vão a público dizer que vão obrigar seus funcionários a votarem em Bolsonaro (PL) e filmarem, que desafiem a lei e levem os celulares para a cabine de voto, “mesmo que no sutiã”. Onde chegamos?
O empresário ruralista e bolsonarista Adelar Eloi Lutzé um exemplo dessa barbaridade, mas foi pego com a boca na botija e terá que fazer uma retratação pública nas redes sociais e pagar uma indenização de R$ 150 mil reais. Em um dos áudios, o homem confirmou que obrigava as empregadas a levar o celular escondido no sutiã para a cabine de votação, para que fotografassem a urna e comprovassem que elas votaram em Bolsonaro.
Lutz firmou um acordo com o Ministério Público do Trabalho (MPT) nesta terça-feira (25). A partir da assinatura do termo de ajuste de conduta, que ocorreu hoje, o empresário terá 48h para publicar em suas redes sociais o vídeo em que se retrata e esclarece que assediar trabalhadores é uma prática ilegal. Além disso, ele terá que orientar todo trabalhador que se sentir constrangido por seu patrão a denunciar o caso ao Ministério Público do Trabalho. Já o valor referente ao pagamento de indenização à sociedade pelos danos morais causados pelas declarações deverá ser depositado em até 30 dias. O montante será revertido pelo MPT para a própria região oeste da Bahia, onde o ruralista tem diversas propriedades de grande porte.