O documento afirma que não foram constatadas irregularidades no processo eleitoral e que os boletins de urna impressos estão em conformidade com os dados disponibilizados pelo TSE no seguinte trecho: “Em face das ferramentas e oportunidades de fiscalização definidas nas Resoluções do TSE e estruturadas no Plano de Trabalho da EFASEV, a fiscalização constatou que o Teste de Integridade, sem biometria, ocorreu em conformidade com o previsto. Quanto à fiscalização da totalização, foi constatada, por amostragem, a conformidade entre os BU impressos e os dados disponibilizados pelo TSE.”
Em nota, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, afirmou que o relatório foi recebido com “satisfação” e agradeceu pelas sugestões. O ministro disse que a análise das Forças Armadas é mais um indício da inexistência de fraude no processo eleitoral.
A revista Veja pontua que o relatório, no entanto, contém um novo erro das Forças Armadas, pois em um dos trecho coloca dúvidas a segurança das urnas.
A postura é grave porque mantém o Brasil nesse clima de “terceiro turno”, deixando para sempre a dúvida sobre a integridade do processo eleitoral em 2022, exatamente como o presidente Jair Bolsonaro e seus seguidores radicais queriam.
Daniel Sousa, da GloboNews, foi certeiro ao traçar o histórico golpista das Forças Armadas, passando pela “revolta paulista” em 1924, por 1930, pelo golpe do Estado Novo em 1937, por 1945 ou 1955 e, por fim, o golpe de 64 que deu início ao período mais sombrio da história do país.