Sergio Moro, ex-juiz da Operação Lava Jato, foi eleito para o Senado no início de outubro. Segundo uma reportagem do jornal Folha de São Paulo, Moro torrou parte do dinheiro com a contratação de um escritório de advocacia por R$ 800 mil reais. Ele também gastou R$ 426 mil com táxi aéreo.
O parecer da Justiça Eleitoral cita, entre os problemas, a falta de comprovante de devolução de sobras de campanha à direção partidária. A equipe de campanha declarou que sobraram R$ 646, mas não foram anexados extratos completos para verificação, o que também é questionado pelos técnicos.
O documento é assinado pela Coordenadoria de Contas Eleitorais da corte regional. Moro foi intimado na segunda-feira para se manifestar.
Um outro ponto levantado pelos técnicos é a declaração de gastos com data posterior ao fim da eleição. O relatório lista, por exemplo, despesas com agência de viagens nove dias depois do primeiro turno e divergências entre o valor de despesas declaradas e os valores que constam em notas fiscais eletrônicas de gastos eleitorais. Há inclusive despesas consideradas omitidas, que somam R$ 6.000.
Rosângela Moro
A esposa do ex-juiz também está no olho do furacão. Rosângela Moro (UB), deputada federal eleita por São Paulo, a filha de Roberto Jefferson, Cristiane Brasil (PTB), e o ex-BBB Adrilles Jorge (PTB) escolheram a empresa de um dirigente do próprio PTB para a prestação de serviços como produção de materiais impressos e de camisetas, marketing, filmagem e transporte. As campanhas dos três repassaram o total de R$ 1 milhão à ALK Ronzani Publicidade, Propaganda e Marketing, que pertence a Roberto Soares Ronzani, presidente do PTB em Guarulhos (Grande SP) desde março do ano passado.