O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cobrou na tarde desta quarta-feira (16), em pronunciamento na área da Organização das Nações (ONU) da Cúpula do Clima (COP-27), em Sharm el-Sheik, no Egito, mais ajuda financeira dos países desenvolvidos às nações vulneráveis no campo ambiental e lembrou do compromisso firmado pelos países ricos em 2009, de oferecer US$ 100 bilhões anuais para que as nações mais pobres enfrentassem os efeitos da crise climática. “Esse compromisso nem foi nem está sendo cumprido”, criticou.
O presidente eleito também falou sobre a importância de reativar o Fundo Amazônia, após a paralisação do programa durante a gestão Bolsonaro. Alemanha e Noruega, as principais doadoras do Fundo, sinalizaram que vão retomar doações após o resultado apontar o petista como o vitorioso nas eleições. “Estamos abertos à cooperação internacional”, disse Lula.
Com fortes críticas à gestão de Jair Bolsonaro, quando a floresta sofreu com uma escalada na devastação. Ele disse que serão recriadas e reforçadas as estruturas para combater os crimes ambientais, destacou o protagonismo dos indígenas na defesa do bioma e salientou o compromisso de criar um novo ministério, o dos Povos Originários. Ainda segundo ele, a sobrevivência da Amazônia e do planeta dependia do resultado das eleições no Brasil. “É possível gerar mais riqueza sem piorar a mudança climática.”