Amigo íntimo da família Caiado e atuante no grupo político, o foragido Carlos César Savastano [Cacai] Toledo teve nesta quinta-feira (11) um pedido de habeas corpus negado pelo Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO).
Ele é procurado pela morte de Fábio Escobar, ex-coordenador da campanha (2018) de Caiado em Anápolis. Dez policiais militares foram presos como executores. Sete pessoas, entre elas uma mulher grávida de 7 meses, foram mortas em uma tentativa dos assassinos de criar uma narrativa para encobrir o assassinato de Escobar.
O crime tem raiz política. Fábio Escobar rompeu com o grupo Caiado logo após a vitória e passou a denunciar caixa dois e corrupção tanto na campanha eleitoral como no início do governo.
Denúncias envolvendo maracutaias na Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás, Codego, levaram Cacai, que era diretor administrativo, para a cadeia em julho de 2020. Um ano depois Fábio e as outras 7 vítimas foram assassinados.
Antes porém, três empresários de Anápolis/GO (um de uma famosa marca de arroz, outro ligado ao setor imobiliário e o dono de uma factoring) tentaram comprar o silêncio de Fábio Escobar por R$ 150 mil reais. O dinheiro foi devolvido e a vítima inclusive relatou em entrevista ao G24H na ocasião que falsificaram a assinatura dele em um suposto empréstimo que justificasse a quantia devolvida. Em breve voltaremos ao assunto.
A família Caiado aparece em peso na cena do crime. O relatório da Polícia Civil de dados colhidos no telefone de Cacai Toledo no caso Codego em 2020, mostra a movimentação do ódio do grupo contra Fábio Escobar. Uma ficha criminal falsa teria pulado de mão em mão até chegar no próprio Caiado, tendo antes sido entregue a Anna Vitória Caiado, filha do governador.
Além do documento, Jorge Caiado, primo de Caiado, foi denunciado por dois coronéis da PM por ter levado Cacai Toledo até eles para encomendar o assassinato de Escobar.