quarta-feira , 25 dezembro 2024
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Metrópoles: laranja sacou R$ 787 mil de firma com verba pública ligada a ex-secretário de Saúde do governo Caiado

O site Metrópoles trouxe uma denúncia neste sábado (21) envolvendo o governo Caiado, o ex-secretário de Saúde, Ismael Alexandrino, o irmão dele, uma organização Social, um Hospital público de Goiás, uma empresa de fachada e um saque de R4 787 mil reais.

Ingredientes que lançam por terra o discurso de honestidade do governador Ronaldo Caiado (UB). Veja a reportagem:

Uma empresa ligada ao deputado federal Ismael Alexandrino (PSD-GO) teve R$ 787 mil sacados em espécie de sua conta bancária durante o período de pelo menos seis meses. Na mesma época, essa empresa recebia repasses de verba pública da saúde do governo de Goiás e do município de Iporá (GO).

A empresa em questão é a Amme Saúde, que tem como sócia majoritária Andréia Lopo, ex-recepcionista de uma clínica de Brasília do médico Daniel Alexandrino, irmão de Ismael (foto em destaque). Para a Delegacia de Combate à Corrupção de Goiás (Deccor), Andréia é “laranja” de Daniel na empresa. Saques em espécie em grandes quantidades são operações suspeitas de lavagem de dinheiro.

Reportagem do Metrópoles de junho de 2022 revelou os contratos suspeitos da Amme Saúde. Em janeiro do ano passado, a Polícia Civil de Goiás entrou no caso e deflagrou a Operação Sinusal, prendendo preventivamente Daniel, Andreia e Fernando Borges de Oliveira, outro suspeito de envolvimento no esquema. Eles foram soltos alguns dias depois e a investigação ainda não foi concluída.

Entra recurso público, sai dinheiro vivo

Nos meses de fevereiro e março de 2022, últimos da gestão de Ismael como secretário estadual de Saúde de Goiás, a Amme Saúde levou mais de R$ 10 milhões em contratos para prestação de serviços médicos especializados em duas policlínicas e um hospital públicos de Goiás.

Relatório do Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCU-GO) de novembro de 2022 identificou “superestimação de metas em relação às metas executadas” em seis contratos da Amme Saúde com duas policlínicas estaduais. Ou seja, a empresa estava recebendo mais verba pública do que realmente estava oferecendo em contrapartida.

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