Neste sábado (20) correu em Anápolis (GO) a informação sobre a possível prisão do ex-presidente do DEM (União Brasil) da cidade Carlos César Savastano Toledo, conhecido como Cacai, procurado pela polícia de Goiás pela morte de Fábio Escobar, um dos coordenadores da campanha de Caiado em 2018. A notícia não foi confirmada pelas autoridades policiais.
Por trás da morte de Fábio e mais 7 pessoas e um bebê está uma chacina política. O ex-coordenador da campanha do governador rompeu com o governo e passou a denunciar caixa dois e corrupção em 2019, tendo como foco de suas denúncias o próprio Cacai Toledo e o próprio Caiado.
O primo de Ronaldo Caiado, senhor Jorge Caiado, esteve pessoalmente em dois coronéis da polícia militar de Goiás para encomendarem o assassinato de Fábio Escobar. Ambos prestaram depoimentos no Ministério Público. Um deles também foi ouvido na delegacia. O outro contou que perdeu o importante cargo que ocupava junto ao governador por recusar a empreitada. Os dois não aceitaram a oferta.
Jorge Caiado ainda está perambulando pelo poder, Cacai Toledo sumiu no dia em que teve a prisão preventiva decretada.
A pergunta do momento é: ao ser preso, será que Cacai vai abrir o bico? Existem provas do envolvimento de agentes da Secretária de Segurança Pública de Goiás na chacina, inclusive com uma ficha criminal falsa atribuída a Escobar, que andou de mão em mão e chegou para Anna Vitória Caiado e o próprio Jorge Caiado, conforme relatório da Polícia Civil sobre as conversas de WhatsApp de Cacai Toledo.
Como informamos na manchete, Ronnie Lessa, o autor dos disparos que mataram Marielle Franco e Anderson Gomes, fez um acordo de delação premiada com a Polícia Federal e trará novos detalhes sobre o assassinato da vereadora do Rio de Janeiro, ocorrido em 2018.
Comparando os crimes políticos, podemos supor que os autores dos disparos da chacina política de Goiás e Cacai Toledo também terão muito o que contar se toparem uma delação premiada.
