O vice-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Og Fernandes, indeferiu, em 16 de janeiro, um pedido de Habeas Corpus com medida liminar em favor de Cacai Toledo, ex-presidente do DEM (atual União Brasil). Toledo está foragido da justiça e é apontado pelo Ministério Público como mandante do assassinato de Fábio Escobar.
A prisão preventiva de Cacai Toledo foi decretada em 16 de novembro do ano passado. Escobar foi morto a tiros em 23 de junho de 2021, depois de denunciar esquemas de corrupção na campanha eleitoral e no governo Caiado.
Dez policiais militares, suspeitos de integrarem uma milícia que movimentou mais de R$ 11 milhões durante o período, foram presos e apontados como executores do crime. Além disso, eles teriam assassinado mais sete pessoas para criar uma narrativa falsa em torno da morte de Escobar, incluindo uma mulher grávida de sete meses, configurando uma verdadeira chacina política.
Na cena do crime aparece outro personagem da família de Ronaldo Caiado, o primo Jorge Caiado, denunciado por dois Coronéis da PM ao Ministério Público.
Valério Luiz Filho, advogado assistente de acusação da família de Fábio Escobar, cobra mais agilidade das autoridades nas buscas por Cacai: “é um acinte que um dos denunciados pelo crime, com prisão preventiva decretada, permaneça foragido enquanto impetra sucessivos Habeas Corpus buscando salvo-conduto. Rogamos para que as autoridades policiais empreguem todos os esforços para a prisão do denunciado, e que o Poder Judiciário goiano dê celeridade ao caso.”