O jornal O Popular deste sábado (27) revelou o tamanho do ‘negócio’ do governo Caiado com uma Organização Social forasteira, que da noite para o dia chegou em Goiás, com contratos emergências e inesperadamente virou a primeira colocada em todos os chamamentos que participou para abocanhar os melhores contratos da Saúde. Valor da jogada: R$ 1,7 bi. Detalhe: o mesmo ‘avalista’ da OS foi quem indicou o novo secretário da Saúde de Caiado. É juntar a fome com a vontade de comer. Aí tem.
Tem sujeira? Tem sim senhor. Em novembro o G24H cantou a pedra e mostrou tudo o que está na reportagem de página inteira do O Popular de hoje.
Mostramos a denúncia assinada pela subprocuradora-geral da República, Lindôra Araújo, que descreveu a OS HMTJ como braço de uma organização criminosa ligada ao ex-governador do Rio, Wilson Witzel.
No dia 15 de dezembro de 2020 a Polícia Federal fez buscas na Maternidade Terezinha de Jesus, que recebeu cerca de R$ 280 milhões em dívidas inscritas em “restos a pagar” em troca de pagamento de propina de 13% sobre o valor quitado.
A OS teria pago cerca de R$ 50 milhões a um escritório de advocacia, que, por sua vez, repassou mais de R$ 22 milhões para pessoas físicas e jurídicas ligadas ao operador financeiro da organização criminosa.
Na denúncia, o ex-ministro da Saúde de Bolsonaro, Luiz Henrique Mandetta, teve o nome citado pelo empresário Edson Torres, em depoimento sobre o processo de impeachment de Wilson Witzel. Ele teria participado de reunião onde foi feito pedido para que a OS, que gerenciava o hospital estadual e alvo de inúmeras denúncias, não fosse afastada.
Qual era a OS? Bingo: HMTJ. A mesma que Mandetta está trazendo para Goiás, famosa por repassar 20% dos contratos para políticos. Tem cheiro de lavanderia no ar, para arranjar dinheiro público para projeto de um certo pré-candidato a presidente.