Segundo informações da Polícia Federal, Carlos Bolsonaro é “a principal pessoa da família que recebia informações da Abin paralela”. As investigações indicam ainda que teria partido dele a ideia de criar esse grupo paralelo, para usar a estrutura da Agência Brasileira de Informação no monitoramento ilegal autoridades públicas e outras pessoas.
Entre as acusações está o pedido feito por uma assessora de Carlos, Luciana Paula Garcia da Silva Almeida, a uma assessora do então diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, Priscilla Pereira e Silva, sobre uma delegada que presidia um inquérito que, segundo a própria assessora, seria de interesse do então presidente da República Jair Bolsonaro e de seus três filhos.
Além desse episódio, as investigações apontam que, em fevereiro de 2020, Ramagem imprimiu informações de inquéritos eleitorais da PF que tinham como alvo políticos do Rio de Janeiro – base política da família Bolsonaro.
Segundo o ministro do STF, as provas colhidas pela PF mostram que os suspeitos usaram a Abin contra adversários e para “‘fiscalizar’ indevidamente o andamento de investigações em face de aliados políticos”.