O “protegido” Cacai Toledo agora é réu. O Tribunal de Justiça aceitou a denúncia apresentada pelo Ministério Público contra ele e os policiais militares Glauko Olívio de Oliveira, Érick Pereira da Silva e Thiago Marcelino Machado. Investigados pela morte de Fábio Escobar Cavalcante e mais 7 pessoas, entre elas uma mulher grávida e seu bebê.
Fábio Escobar era amigo de Cacai Toledo, ex-presidente do DEM (União Brasil) de Anápolis (GO). Os dois comandaram a campanha de Caiado em 2018 na cidade. Ele foi morto em uma emboscada em 2021, após romper com Cacai e Caiado e denunciar corrupção no governo. Um crime político que se transformou em chacina, pois os policiais militares que aceitaram a pistolagem fizeram mais 7 vítimas em queima de arquivo.
A polícia civil indiciou Cacai Toledo em novembro de 2023. Antes mesmo da intimação o amigo do governador soube da informação e fugiu. Deveria ser procurado, mas na prática não é. Trata-se de um foragido ‘especial’, influente e de dentro da casa de Ronaldo Caiado e Gracinha, “como um filho”.
Um experiente criminalista, que pediu para não ser identificado, acredita que Carlos César Savastano Toledo, o Cacai, que tem dois sobrenomes de origem espanhola, tenha fugido pelo Paraguai, já que não existe informação sobre a saído do passaporte brasileiro dele do país.
“Se ele tiver cidadania espanhola é fácil ingressar por terra no Paraguai a partir de Ponta Porã, sem qualquer outro controle migratório e voar de Assunção para a Espanha ou outro lugar do mundo com o passaporte espanhol. O sobrenome obedece outro padrão e o nome acaba ficando diferente no passaporte espanhol do nome brasileiro, o que dificulta o rastreamento”, concluiu.