Um estudo realizado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) revela que 86% dos resíduos da construção civil (RCC) em Goiás são descartados de forma irregular. A maioria vai parar em lixões, locais que serão obrigatoriamente desativados no estado até agosto deste ano.
O levantamento, feito em dezembro de 2023 como parte do Plano Estadual de Resíduos Sólidos (Pers), indica que 52% do RCC são depositados em lixões, 21% em áreas inadequadas como encostas e corpos d’água, e 9% em aterros sanitários, totalizando 82% de descarte irregular. Apenas 14% do material é destinado corretamente, sendo 10% para manutenção de estradas e controle de erosão, e 4% cada para aterros controlados e locais específicos para resíduos inertes.
O estudo também analisou a geração e gestão do entulho nos municípios goianos. Entre os participantes, 33% geram menos de 50 toneladas por mês, 11% entre 100 e 500 toneladas, e 2% mais de 500 toneladas. Preocupantemente, 54% dos municípios não souberam informar a quantidade gerada.
A pesquisa revela ainda que 64% dos municípios não possuem um plano de gerenciamento do RCC, enquanto apenas 29% o implementaram. O reaproveitamento ou a reciclagem do material também é baixo, ocorrendo em apenas 39% dos municípios.
Para enfrentar esse problema, a Semad propôs uma minuta de decreto que regulamenta o descarte de RCC e contribui para o encerramento dos lixões.