Especialistas do Ministério da Saúde alertaram para um surto de dengue em 2024. O governo federal enviou R$ 16,4 milhões para o governo Caiado criar ações de prevenção e combate à doença no ano passado.
Caiado usou apenas 49% desse valor. Deixou cerca de R$ 8,3 milhões represados. Em 2023 ninguém viu ou ouviu o governo movimentando-se contra o surto da dengue.
Era do conhecimento do governo sobre o que estaria por vir. O Estado recebeu dinheiro para se organizar e não fez porque não quis. Resultado: Goiás é o quinto Estado com mais casos de dengue no Brasil.
As pessoas estão morrendo e o governador estranhamente não consegue explicar o que fez com a metade do dinheiro enviado para prevenir a população do surto. “Além de prevaricação, isso é grave e cruel”, lembra o deputado Estadual Gustavo Sebba (PSDB).
Casos de dengue
A doença está pipocando em Goiás. O número de mortes por dengue no Estado aumentou para 36. O caso mais comovente ocorreu em Uruaçu (GO). No dia 3 de fevereiro a adolescente Fernanda Ferreira Martins, de 16 anos, morreu no Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano (HCN) com um quadro grave da doença associado à diabetes. A cidade chorou.
Casos como o de Fernanda poderiam ser evitados se o governo tivesse dado o destino correto do dinheiro, R$ 16,4 milhões de reias, para criar ações de prevenção em todas as cidades de Goiás em 2023.
O Estado deveria investir mais do mesmo valor para se proteger, pois foi alertado um ano antes pelo Ministério da Saúde. Onde estava Caiado? Viajando e planejando uma naufragada campanha para presidente, deixando Goiás a deriva, sem comandante.
Quem vai reparar as 36 vidas interrompidas pela dengue? Quem vai cobrar explicações do dinheiro? Quem vai querer saber como se gastou e porque não usaram o valor integralmente? Quem vai medir o impacto da prevenção realizada pelo governo em 2023? Com a palavra: o Ministério Público de Goiás.
Cristiano Silva
G24H
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