Fato
• Nesta terça-feira (19) o Ministério Público editou a denúncia do caso Fábio Escobar e incluiu o nome de Jorge Caiado, primo do governador entre os suspeitos pelo assassinato do ex-coordenador da campanha de Ronaldo Caiado em Anápolis (GO) em 2018.
Trecho da denúncia do MP: “O denunciado JORGE LUIZ RAMOS CAIADO, agindo livre e conscientemente, em comunhão de ações e desígnios com o executor do crime e com os demais denunciados, aderindo previamente à intenção homicida, concorreu de forma eficaz para o crime de homicídio contra a vítima Fábio Alves Escobar Cavalcante, eis que prestou apoio moral ao mentor Carlos César Savastano de Toledo, incentivando e reforçando os seus planos de matar a vítima”.
Chacina
• Após romper com o governo e denunciar corrupção, Fábio foi morto a tiros em uma emboscada em 2021. Dez policiais foram presos e 6 tiveram prisão convertida em preventiva, depois 3 deles, que permanecem presos. O ex-presidente do DEM de Anápolis, Cacai Toledo, intimo da família Caiado, foi apontado pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas como mandante e encontra-se foragido. É aí que surge Jorge Caiado. Para encobri o crime, os militares mataram mais 7 pessoas, entre elas uma mulher grávida de 7 meses.
Segredos revelados
• Cacai foi preso em 2020 na Operação Negociatas, por suspeita de maracutaia na Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás, onde ocupava um cargo dado por Caiado. Na ocasião celular dele foi apreendido. Ao buscar o telefone a policia viu que o aparelho está recheado de pedidos para policiais “perseguirem, grampearem e espancarem” Fábio Escobar.
• Um dos militares procurados por Cacai foi o Coronel Benito Franco, ex-comandante da Rotam. Ouvido na Draco, Benito informou que Jorge Caiado, primo do governador, teria levado Cacai para a “empreitada”, mas como não é pistoleiro, mandou eles saírem. Cacai teria dito que “só matando Fábio” para acabar com o problema das críticas ao governador.
• O Coronel da PM Castilho também disse que foi procurado pela dupla Jorge Caiado e Cacai Toledo com o mesmo pedido. O depoimento dele foi colhido e gravado no Ministério Público.