A caminho de Társis, antes de ser engolido por uma grande peixe, o famoso profeta Jonas se viu obrigado a abandonar o navio voluntariamente, enfrentar o mar em fúria e enfim trazer e ter paz, nem que fosse a eterna.
A famosa história bíblica sobre o profeta e a temida cidade de Nínive pode ilustrar bem o caso do desembargador Adriano Linhares e o perigoso caso Caiado/Fábio Escobar.
No dia 1 de novembro de 2023, Caiado gravou um vídeo desacatando o desembargador com uma conversa estranha de impeachment porque ele deu uma opinião sobre a violência da polícia militar em Goiás e foi um verdadeiro auê.
Por trás das cortinas desse espetáculo havia uma pedra no caminho do governador. Segundo uma fonte, Linhares era o desembargador relator do caso Fábio Escobar e estava muito próximo de verdades capazes de causar ‘impeachment’ nos poderes e abalar o executivo [Caiado] e o judiciário.
Enquanto a plateia se engalfinhava no debate da ‘polícia militar’ poder ou não agir com violência contra ‘pebas’, forças ocultas atuavam nos bastidores pressionando Adriano Linhares a abandonar o Caso Fábio Escobar.
Eram 15h40 do dia 1 de dezembro de 2023, quando Adriano Linhares Camargo protocolou o despacho informando que não poderia mais atuar no caso Fábio Escobar. Enfim, Jonas foi lançado ao mar.
Cristiano Silva
Opinião