Fato
• O delegado Rivaldo Barbosa, um dos suspeitos presos na manhã deste domingo, foi chefe de Polícia Civil durante as investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, de março a dezembro de 2018 e é acusado de obstruir a investigação durante 6 anos.
Rivaldo Barbosa
• Antes de ser chefe de Polícia Civil, Rivaldo foi subsecretário da Subsecretaria de Inteligência da Segurança, durante um período quando o secretário de Segurança era o delegado da Polícia Federal José Mariano Beltrame, na gestão do ex-governador Sérgio Cabral. Em seguida, Rivaldo ocupou os cargos de titular da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) e diretor da Divisão de Homicídios, responsável pelas três delegacias que elucidam assassinatos no estado.
• Durante a intervenção federal no Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa foi nomeado chefe da polícia carioca, e pelo que tudo indica se comprometeu em obstruir a investigação. O executor dos assassinatos, Ronnie Lessa, disse em delação premiada que Rivaldo deu o aval para o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Domingos Brazão e o irmão dele, o deputado federal Chiquinho Brazão, matarem a ex-vereadora e o motorista.
Obstrução
• Rivaldo Barbosa levou ao titular da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), Giniton Lages, encarregado do caso e escolhido por ele, a informação de que três delegados da Polícia Federal teriam conseguido achar uma suposta testemunha do crime, mas se tratava de uma farsa, o que foi comprovado pela PF numa apuração paralela, conhecida como “investigação da investigação'”.
• Em entrevista o delegado chegou a dizer: “Nós estamos no caminho certo. A complexidade está na forma de atuação dos assassinos. Mas, a gente está fazendo de tudo para esclarecer essa atividade criminosa”. E ele sempre soube dos mandantes.