domingo , 24 novembro 2024
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Coação no curso do processo: Caiado demite Coronel Núria Catilho, esposa do Coronel Castilho, testemunha do caso Escobar

Fato

• O diário oficial desta segunda-feira (25) informou a demissão da Coronel Núria Guedes da Paixão e Castilho do cargo de Comandante de Gestão e Finanças da Segurança Pública. Ela é esposa do Coronel Castilho, testemunha do caso Fábio Escobar e peça chave para a denúncia do Ministério Público que colocou Jorge Caiado, primo do governador, na linha de frente do homicídio ao lado de Cacai Toledo que está foragido. O governador Ronaldo Caiado assinou pessoalmente a demissão.

Depoimento de Castilho

• Em depoimento ao Ministério Público de Goiás, o ex-chefe da Casa Militar de Caiado, Coronel Newton Nery Castilho, informou que foi procurado por Cacai Toledo, ex-presidente do DEM de Anápolis (GO), e Jorge Caiado, primo do governador e influente na polícia, para “exterminar Fábio Escobar”, um dos coordenadores da campanha de Caiado em 2018. Mas não aceitou, informando que não é jagunço.

• Coronel Castilho afirmou em depoimento que esteve com Jorge Caiado em outra ocasião, no gabinete da primeira-dama Gracinha Caiado, e que o assunto Fábio Escobar foi tratado na reunião. “Jorge Caiado estava presente, juntamente com o tenente Ronaldo Dutra Bahia e em algum momento falaram sobre a inconveniência do Fábio Escobar”, disse.

Crime

• Na noite de 23 de junho de 2021, quando o representante comercial e militante político Fábio Alves Escobar Cavalcante, de 38 anos, foi atingido com quatro tiros disparados por dois policiais que saíram de um Fiat Uno com os rostos cobertos por balaclavas. Armaram a emboscada e executaram. Outras 7 pessoas foram mortas em queima de arquivo, entre elas uma mulher grávida de 7 meses.

Coação

• Esta é a segunda vez que a família Caiado ataca o coronel Castilho, testemunha do caso Escobar. Em fevereiro Jorge Caiado, acusado pelo assassinato, mandou uma mensagem de WhatsApp ao Coronel. Agora veio a demissão da esposa dele.

• Coagir testemunha é crime, com pena de reclusão, de um a quatro anos, e multa, além da pena correspondente à violência.

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