Descaradamente, Caiado está tirando onda de pagador, pai de Goiás, inventor do universo. Quando na verdade apenas deu calote e entrou para o Regime de Recuperação Fiscal. Empurrou a dívida com a União para os próximos governos. Castrou o desenvolvimento de Goiás e preferiu parar no tempo.
A avenida Goiás, no centro de Goiânia, que vai da rodoviária ao Palácio das Esmeraldas na Praça Cívica é o retrato do governo Caiado. Não que ele administre a avenida, mas pelo desbotamento, pela ferrugem, a poeira, o desleixo, que refletem também o descaso nas cidades no interior com seus doentes morrendo sem saúde pública. Falo das rodovias esburacadas. Dos gatos pingados na polícia, que se matam de trabalhar interior adentro sem condições mínimas de trabalho. Em matéria de Segurança, o governo faz o básico nas principais cidades e deixa o resto a Deus dará. Cinicamente mente em propaganda enganosa e fica por isso mesmo.
O gatilho da violência por parte de alguns policias criminosos que mancham a imagem da corporação parte do ‘sabichão’ que momentaneamente governa Goiás, com seus rompantes de xerife das tirinhas do Buffalo Bil. Infelizmente a PM está nos crimes mais graves de Goiás dos últimos tempos: Valério Luiz, Fábio Escobar, Setor Jaó e o piloto de helicóptero, mecânico e ajudante assassinados.
Caiado trocou de titular na Secretaria da Economia três vezes. Vendeu a Celg Transmissão (Celg-T), deu calote no governo Bolsonaro e ficou dois anos sem pagar a dívida com a União as custas de uma liminar judicial, e entrou no RRF comprometendo 100 anos dos próximos governos, só para falar que tem dinheiro em caixa. Claro, dando calote é fácil.
Na verdade é paga pau de corruptos, infiltrados em seu governo, principalmente nas Organizações Sociais que destruíram a Saúde e se enriqueceram como poucos, tendo como protagonistas gente muito próxima do governador. Dinheiro público lavado com sangue inocente dos pacientes que morrem nas filas de espera.
Sujeira: tirar dos pobres para beneficiar os ricos. Caiado nunca valorizou os servidores, tira na Data-base para contemplar marajás e políticos com verbas indenizatórias, isso sem falar dos supersalários no Tribunal de Justiça. Enquanto isso a Assistência Social é uma grande mentira, contada por uma mulher rude, obtusa.
Está tudo pelo avesso. Confrontos forjados, valores invertidos, corporativismo blindado, sangue, fome, doenças, rodovias esburacas, agronegócio explorado. Céus! Penso que voltamos aos anos de 1920.
Cristiano Silva
G24H