Fato
• A defesa de Diego Cardoso, caminhoneiro preso há 18 dias após um trágico acidente que deixou mortos quatro policiais militares do Comando de Operações de Divisas (COD) em Cachoeira Alta, na região sudoeste, questiona o laudo pericial da policia científica de Goiás, já que o caminhão apenas tombou no acostamento e foi retirado do local em funcionamento, apenas com alguns arranhões.
• Uma análise da ‘velocidade relativa’ pode comparar as velocidades dos dois veículos e determinar o instante de tempo em que eles se chocaram e as posições em que se situarão um em relação ao outro após determinado o acidente e apontar a verdadeira velocidade do caminhão no impacto.
Dentro da velocidade permitida
• Em entrevista ao Goiás24horas, Adriano Cardoso, irmão do caminhoneiro, disse que esteve no local do acidente, que as marcas do freio da carreta estão no asfalto dentro da faixa e que o tacógrafo, dispositivo empregado no veículos para monitorar o tempo de uso, a distância percorrida e a velocidade, aponta que o caminhão estava a 47 km/h. “A carreta tombou porque ao parar no acostamento caiu no barranco, não teve estrago, a carreta não ficou danificada, nem o asfalto. É uma simples questão de velocidade x peso, se estivesse na velocidade que alguns policiais afirmaram em entrevistas, 120 km/h, o estrago seria muito grande”, disse.
Tragédia
• Adriano e a irmã, Maria Ernesta, são de Bebedouro (SP) e chegaram nesta segunda-feira (27) em Goiânia para apresentarem a versão do irmão e aguardarem o resultado do habeas corpus. “Nosso irmão fez todos os exames toxicológicos, bafômetro, não tinha nada de errado com ele, foi um acidente. Nós lamentamos as mortes dos policiais, mas nosso irmão não saiu para matar ninguém. Ele saiu de casa para trabalhar e sofreu um acidente”, disse Adriano.
• Maria Ernesta contou a nossa reportagem que Diego Cardoso, o caminhoneiro, tem dois filhos, uma bebê de 1 ano de idade, que estão passando dificuldades financeiras com a prisão do pai. “Além disso a nossa mãe de 80 anos de idade chora todos os dias. Isso é muito pesado para ela, pois somos todos trabalhadores. Não somos bandidos”, disse.
Veja a entrevista no vídeo abaixo;
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