O dono da ‘minha políça’ não gostou de ver suas vergonhas expostas na mídia com o caso Escobar. Como disse o deputado Mauro Rubem (PT), a coisa começou dentro do Palácio, e acrescento, foi executada por ‘minha políça’: 8 mortes, uma sendo grávida de 7 meses.
A prisão do ex-presidente do partido de Caiado em Anápolis, Cacai Toledo, diferente do figurino que usava ao lado do governador; de boné, um tanto mais magro e com barba por fazer; constrangeu e muito “vossa excelência”, já que dia desses o réu se fartava dos vinhos palacianos praguejando o cadáver de Escobar, rindo da situação como se ambos fossem donos dela, senhores da vida e da morte. “Nós temos poliça”.
Dizem que Cacai não é homem de levar cadeia calado. Ele sabe que seu chefe “adora a traição, mas detesta traidores”, e se vê em um mato sem cachorro. O problema é que existem provas suficientes para lhe enfiar 10 anos no xilindró.
Do lado de fora existem promessas, o ‘dono da políça’ disse na revista Veja que o Ministério Público errou na investigação e que o crime aconteceu por causa de licitações na prefeitura de Anápolis (GO), mas só agora ele decidiu abrir a boca… por que mesmo? Ah, porque descobriram que o primo querido, Jorjão Caiado, comandante maior de ‘sua poliça’ está mais sujo que pau de galinheiro e também corre risco de levar uma boa cana.
Do lado de fora do xilindró de Cacai mandam desviar o foco: “Determino que a mídia deve se apegar a super, mega e fantástica Operação na prefeitura de Goiânia, tem rolo na Seinfra, – bom que assim já dá uma queimada no prefeito e abre o caminho para Sandro Mabel” – como se não existissem outros candidatos na frente. “Coisas do dono da minha poliça”.
A maracutaia na prefeitura de Goiânia esperou um ano ou mais para ser cirurgicamente operada. Envolve Atas, empresários e sigilo. O segredo está no sigilo, diriam os sábios profetas. Mas não vamos perder o foco: Caso Escobar.
Cristiano Silva
Editor