Fato
• O juiz Antonio Fernandes de Oliveira negou o pedido de prisão preventiva dos seis policiais militares do Comando de Operações de Divisas (COD), indiciados por matarem duas pessoas no dia 1 de abril durante uma abordagem no Setor Jaó, em Goiânia e forjarem confronto.
• Enquanto isso, um coitado que se envolveu em um acidente com uma viatura do COD no sudoeste segue preso. Seu crime foi o acidente, e ninguém esclareceu ainda quem estava errado. O caminhoneiro fez exames toxicológicos e bafômetro, não estava embriagado, nem drogado. Mas segue preso.
O caso do Jaó
• Uma ação policial do Comando de Operações de Divisas (COD) no Setor Jaó, no dia 1º de abril em Goiânia, resultou na morte de dois homens. As imagens, gravadas por um celular de uma testemunha, mostraram que o confronto foi forjado. Na filmagem do celular da própria vítima, que tinha um programa ‘espião instalado’, o policial do COD aparece plantando uma arma na cena do crime, após atirarem e matarem os dois homem que estavam desarmados.
Os presos
• Foram denunciados pelos crimes: tenente Wandson Reis dos Santos, sargento Wellington Soares Monteiro, sargento Marcos Jordão Francisco Pereira Moreira, soldado Pablo Henrique Siqueira e Silva, tenente Allan Kardec Emanuel Franco e o soldado Diogo Eleuterio Ferreira.
Abuso
• O delegado da polícia civil, Carlos Alfama, relatou ao poder judiciário que o Comandante Geral da Polícia Militar não forneceu informações solicitadas, e que não conseguiu citar os policiais presos para uma reprodução simulada dos fatos, pois existe omissão e jogo de empurra-empurra entre COD e Corregedoria da PM, que faz apuração paralela.
• O Ministério Público se manifestou contrário à soltura dos militares e enviou uma petição à Justiça solicitando explicação sobre a liberação antecipada dos acusados.
• Abusos a parte. O juiz determinou que os PMs usem tornozeleiras eletrônicas, não usem armas e não trabalhem na polícia por hora.