sábado , 28 setembro 2024
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Após série de reportagens do G24H, grupo Folha mostra a crise na PM de Caiado no site UOL

Fato

• A reportagem do site UOL, grupo Folha de São Paulo, trouxe neste sábado (8) o caso de um crime praticado por policiais militares que sujam a imagem da instituição em Goiás, graças ao governo violento de Caiado, que promove escancaradamente o justiçamento em confrontos forjados, ao repetir que “bandido não tem vez”. E inocentes estão morrendo e depois são transformados em bandidos por policiais mentirosos. A milícia em ação.

• O texto começa com o vídeo da armação no caso do setor Jaó, onde houve confronto forjado com dois homens executados, e denuncia “corrupção” e “grupo de extermínio” na polícia do Caiado, que não representa a PM séria e honrada.

O que dizem os especialistas ouvidos pelo UOL

• Não existe um mecanismo claro de controle dessas ações da PM. Foi necessário que surgisse uma gravação acidental para desmontar o discurso de uma das PMs mais violentas do país, que se orgulha da forma dura como age. Esse vídeo passa a seguinte mensagem: ‘não necessariamente é verdade a versão que os PMs apresentam nas ocorrências’.

– Dijaci David de Oliveira, coordenador de pesquisas sobre criminalidade e violência da Universidade Federal de Goiás

• A letalidade policial em Goiás tem apoio de uma parcela da população, que repete o discurso de que ‘bandido bom é bandido morto’. Esse tipo de caso não costuma ser bem investigado, legitimando essas mortes. Quando há um caso como o desse vídeo, o discurso é de que foi exceção. Na verdade, são só os policiais que foram pegos. Antes, eram tidos como heróis.

– Bartira Miranda, membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública

• O que a gente tem escutado das famílias de mortos pela PM é de que essas pessoas têm sido mortas quando já estavam rendidas. A PM de Goiás é desnecessariamente letal e tem alterado a cena do crime, subtraindo armas do local antes da chegada da perícia. Isso compromete a credibilidade da própria instituição.

– Diego Mendes, advogado do coletivo Mães pela Paz contra a Violência Policial