Fato
• Autor de 15 livros, o escritor e juiz de direito, Abílio Wolney, vai ocupar a cadeira número 9 da Academia Goiana de Letras (AGL), que antes pertencia ao escritor Bariani Ortêncio.
Filho das letras, neto de um guerreiro
• Filho da poetisa Irany Wolney, Abílio Wolney carrega o mesmo nome do avô, que foi deputado, jornalista e personagem de um drama da vida real, que é narrado no livro “No Tribunal da História”, onde o “Barulho do Duro” é resgatado em pormenores e seus antepassados são resgatados do cruel sistema político situacionista nos idos de 1919, quando Goiás era terra em que coronéis, entre eles os Caiados e seus jagunços, ditavam as regras do jogo.
O Barulho do Duro
• A chacina que ceifou a vida de integrantes do clã Wolney foi tema do livro “O Tronco”, de Bernardo Élis, clássico da literatura goiana. Mas foi na obra de Abílio, que a história do avô ganhou detalhes nas milhares de páginas dedicadas ao assunto.
• Abílio, o avô, foi um guerreiro em seu tempo em São José do Duro, onde escorraçou a polícia dos Caiados. Na luta disse: “prefiro abandonar tudo quanto possuo ou morrer lutando, a entregar-me a polícia do meu Estado e morrer com o pé no tronco”. Época em que a recente República no Brasil (1889), decidiu investir contra a a prática do coronelismo. A tragédia se passou na vila onde existia uma acirrada rixa entre o grupo de Totó Caiado e seu cunhado, Eugênio Jardim, contra Abílio Wolney. A gota que faltava ocorreu quando gente ligada ao governo quis tomar as terras de uma viúva, que tinha como procurador o avô do nosso novo membro da Academia Goiana de Letras.
• Quer saber mais sobre este caso? Recomendamos o livro “No Tribunal da História”, de Abílio Wolney e Zilmar Wolney Aires Filho.
• Abílio Wolney Aires Neto nasceu em Dianópolis (TO) em 1963. Fez Direito na Universidade Católica de Goiás e em 1993 ingressou no Ministério Público do Estado. Em 1999 decidiu entrar para o judiciário e prestou concurso. Atualmente é escritor, juiz de direito e cursa jornalismo.