Coragem é a capacidade de ir sem medo aonde ninguém nunca foi. Neste ponto podemos dizer que o tenente-coronel Edson Melo é corajoso, pois teve peito de sujar o nome da Instituição Polícia Militar como ninguém antes. Sob o comando dele, o Comando de Operações de Divisas, até então polícia de fronteiras, assumiu novos ares e entoando hinos da morte se embebedou de sangue inocente, forjando confrontos e criando mentiras diabólicas, culpando vítimas pelas próprias mortes. Satanás aplaudiu enlouquecidamente as traquinagens do ‘menino’ comandante.
Calígula não amarraria os cadarços dos coturnos de Edson Melo, pois, na minha opinião, embora fosse chegado em sangue e orgias, o imperador romano não transformou seu batalhão em boca de fumo.
Triste ver a gloriosa policia militar de Goiás envolvida em manchetes vergonhosas, com seus verdadeiros representantes cabisbaixos, encolhidos no vexame.
O desembargador Adriano Linhares foi pontual em sua observação sobre o comportamento de alguns indivíduos na tropa de Caiado. Lamentável ver tanta violência, mentiras, jogo sujo e trapaças vindas de um cidadão que construiu sua imagem arrastando nas costas o corpo de um pistoleiro preto, pobre e lascado, chamado Lázaro.
Esse mesmo tenente coronel participou do assassinato covarde, com tiros pelas costas, de um mecânico de aeronaves, o auxiliar de mecânico e o piloto. Paulo, Felipe e Nathan não são apenas nomes bíblicos. São também clamor de justiça dos pais, mães e filhos, que em lágrimas e fé rogam em nome de Jesus Cristo.
Edson Melo tem muito o que explicar. Afinal de contas são muitas prisões recentes de policiais chefiados por ele no COD. Além do caso no setor Jaó, tem também o de Rio Verde onde quatro jovens foram mortos em outro confronto forjado.
Não, não estamos falando de um mero policial corrupto. A reputação do Batalhão e da Polícia Militar inteira estão em jogo. Drogas usadas nos simulados confrontos, armas plantadas, falsas bravuras. O que mais Caiado e o Secretário de Segurança Pública vão esperar acontecer? Queremos explicações e punições. A começar pelo ‘menino’ do COD que passou drogas dentro da batalhão, que dançou no canto demoníaco da morte e se embebedou do sangue inocente.
“Vamos pedir piedade. Senhor, piedade dessa gente careta e covarde”.
Cristiano Silva
Editor
