Fato
• Na última quinta-feira (25), os advogados de Cacai Toledo protocolaram no judiciário a sua defesa. Apontado como mandante da morte de Fábio Escobar em 2021, ele está preso desde o dia 3 de junho, após ficar 7 meses foragido.
Pistolagem
• A defesa de Cacai reconhece que ele e Jorge Caiado, primo do governador, procuraram os coronéis da Policia Militar, Benito Franco e Newton Castilho, com a intenção de contratarem uma pistolagem em troca de vantagens no governo Caiado, mas argumenta que houve um “extenso lapso temporal entre os fatos”, ou seja, um intervalo de tempo grande entre a encomenda, que foi negada, e o crime.
Linha do tempo
• Em 2019, o ex-coordenador da campanha eleitoral de Caiado em Anápolis no ano anterior, Fábio Escobar, bombardeou o governo com denuncias de Caixa 2 nas eleições e corrupção de Cacai Toledo.
• Irritado, neste mesmo ano Cacai Toledo se aliou a Jorge Caiado para procurar um policial que desse “cabo” a vida de Fábio. “Só matando”, disse ao coronel Benito Franco.
• No dia 15 de julho de 2020 Cacai acabou preso por suposta corrupção da Codego. Cinco dias depois ele saiu da cadeia com mais ódio de Fábio Escobar, pois tudo começou com duas denúncias.
• Um ano depois, policiais militares de Anápolis (GO) aceitaram a empreitada, emboscaram Fábio e o mataram no dia 23 de junho.
Digitais do Jorjão
• Não houve espaço de tempo, considerando que os assassinos foram encontrados na PM, onde Jorge Caiado exerce forte influência no governo de seu primo. “O reconhecimento da defesa sobre a procura de coronéis com o objetivo de pistolagem complica ainda mais a vida de Jorge Caiado, único réu em liberdade, pois comprova que ele se ocupou de encontrar policiais que topassem a empreitada, como de fato aconteceu”, disse um criminalista que preferiu não se identificar.