Fato
• Seis policiais militares do Comando de Operações de Divisas (COD) enfrentam uma nova denúncia do Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) por envolvimento na morte de dois homens em uma emboscada ocorrida no Setor Jaó, em Goiânia, no dia 1º de abril.
Encontro no TCE-GO
• Os acusados, entre eles o 2º tenente Wandson Reis dos Santos, que será processado na Justiça Militar por falsidade ideológica e por alterar a cena do crime, e outros cinco militares que também responderão por modificação da cena, são apontados como responsáveis pelas mortes do autônomo Junio José de Aquino, de 40 anos, e do corretor Marines Pereira Gonçalves, de 42 anos.
• O crime ocorreu a cerca de 1,5 km do batalhão do COD, e as vítimas, que estavam desarmadas, foram mortas em circunstâncias que posteriormente foram expostas como forjadas.
• A nova denúncia do MPGO destaca que as câmeras de segurança do Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO) capturaram um encontro entre os policiais acusados antes da operação, sugerindo que o ato foi premeditado.
• Nas imagens, foi possível observar que as equipes, tanto caracterizadas quanto descaracterizadas, trocaram informações sobre a abordagem, 20 minutos antes das execuções.
Denúncia
• A promotora Adrianni Santos Almeida, da 84ª Promotoria de Justiça de Goiânia, enfatiza que os policiais manipularam a cena do crime e alteraram o estado do corpo de Junio, retiraram o celular do local onde ele caiu, comprometendo a integridade das provas.
• Ela também classificou a ação dos policiais como “assombrosa e arbitrária”, e a versão apresentada pelos acusados foi descrita como “fantasiosa” e “dissociada da realidade”.