Fato
• Pablo Marçal (PRTB), candidato à Prefeitura de São Paulo, foi condenado pela Justiça Eleitoral nesta quinta-feira (29) a pagar uma multa de R$ 30 mil por realizar propaganda eleitoral negativa e inverídica contra seu adversário, Guilherme Boulos (PSOL).
• Marçal acusou Boulos de ser usuário de drogas, uma alegação que foi considerada abusiva e ilegal pelo juiz Rodrigo Marzola Colombini, da 2ª Zona Eleitoral.
Fake News
• A condenação de Marçal surgiu após uma representação feita pela campanha de Boulos, que apontou o uso de uma estratégia deliberada de difamação por parte do candidato do PRTB.
• A acusação foi feita no debate da Band e depois através de uma postagem nas redes sociais de Marçal, que utilizou recortes do debate e trechos de uma entrevista concedida à CNN Brasil em 24 de agosto para associar Boulos ao uso de entorpecentes.
Sem limites
• Na sentença, o juiz Colombini destacou que as declarações de Marçal ultrapassaram os limites da liberdade de expressão, configurando uma ofensa à honra e à imagem de Boulos perante o eleitorado.
• “Referida postura não pode estar albergada sob o manto da liberdade de expressão, pois desborda da mera crítica à atuação do autor e atinge a sua honra e imagem perante o eleitorado”, escreveu o magistrado.
Evangélico e mentiroso
• Além da multa, o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) já havia ordenado anteriormente a remoção dos vídeos contendo tais alegações das redes sociais de Marçal e concedido direito de resposta a Boulos nas mesmas plataformas.
• As insinuações feitas por Marçal baseavam-se em um processo envolvendo um homônimo de Boulos, Guilherme Bardauil Boulos, enquanto o nome completo do candidato do PSOL é Guilherme Castro Boulos. Como explicar um evangélico viciado em mentiras?