Fato
• Pablo Marçal, influencer e candidato a prefeito da cidade de São Paulo pelo PRTB, afirma ter aberto o “General Bank” após descobrir o funcionamento do sistema bancário e se decepcionar.
• Contudo, o Portal Metrópoles revelou que a realidade por trás dessa declaração é bem diferente do que ele faz parecer.
O esquema
• Em diversas ocasiões, Marçal declarou que possui um banco, o General Bank, e que já estaria autorizado a operar, embora não faça muita propaganda para evitar o que ele chama de “camelódromo digital”.
• A marca General Bank, de fato, está registrada por Marçal no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi), mas isso se limita ao uso exclusivo da marca e não significa que ele seja dono de um banco real.
• O aplicativo General Bank, disponível nas plataformas de apps do Google e da Apple, é, na verdade, administrado pela BRM1 Administradora, cujo único sócio é Bruno Pierro, amigo e apoiador de Marçal.
• O site oficial do banco está fora do ar.
• Pierro, que se intitula cofundador do General Bank, ao lado de Marçal, também segue a linha do colega, divulgando fórmulas para enriquecer rapidamente e fazendo vídeos de apoio a Marçal, especialmente após este ter suas contas nas redes sociais bloqueadas pela Justiça Eleitoral.
Intemediário
• Apesar das alegações grandiosas de Marçal e Pierro, a realidade é que o General Bank não possui autorização do Banco Central para operar como uma instituição financeira.
• Quando um cliente tenta abrir uma conta no General Bank, ele se depara com uma taxa de R$ 45, uma cobrança que não é comum nos maiores bancos do país e que contraria as normas do Banco Central.
• Além disso, a conta não é realmente no General Bank, mas sim em outra instituição, o Asaas.
• Os R$ 45 cobrados pelo General Bank vão diretamente para as contas da empresa de Bruno Pierro, a BRM1, revelando que, na prática, o “banco” de Pablo Marçal é apenas uma plataforma intermediária que cobra por um serviço que o Asaas oferece gratuitamente.