Fato
• A Polícia Civil do Rio Grande do Sul deflagrou, nesta sexta-feira (6), a Operação A Firma, que mira uma quadrilha envolvida no golpe dos nudes, um esquema de extorsão que atingiu vítimas em várias cidades do Estado.
• A ação está cumprindo 169 mandados judiciais, sendo 82 de prisão preventiva, 22 de prisão temporária e 65 de busca e apreensão em Pelotas, Camaquã, Arroio Grande, São Lourenço do Sul, Santa Vitória do Palmar e Jaguarão.
O crime
• As investigações revelaram que o grupo criminoso fez mais de 500 vítimas, incluindo pessoas no Brasil, Jamaica, Portugal e Alemanha.
• A quadrilha operava principalmente a partir da Galeria C do Presídio Regional de Pelotas, onde os presos utilizavam celulares para realizar as extorsões.
• Em apenas 38 dias, a organização criminosa teria realizado 690 extorsões, movimentando mais de R$ 700 mil.
• A prática envolvia um esquema de venda e aluguel de celulares dentro do presídio, onde um aparelho chegava a ser vendido por R$ 15 mil.
• Carregadores e fones de ouvido também eram negociados por valores que variavam de R$ 1 mil a R$ 3 mil.
• Os presos envolvidos no golpe desempenhavam papéis específicos para enganar as vítimas, como a “menina menor de idade”, o “delegado”, o “advogado” e o “pai”.
• Parte dos valores extorquidos, cerca de 20%, era destinada à facção criminosa responsável pelo controle da galeria, enquanto o restante era dividido entre os participantes.