segunda-feira , 23 dezembro 2024
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Corregedoria da PM conclui inquérito sobre morte durante abordagem policial ignorando pesquisa prévia de nome da vítima

Fato

• A Corregedoria da PM de Goiás concluiu o inquérito que apurou a morte do mecânico Starley Costa dos Santos, de 27 anos, durante uma abordagem realizada por policiais do Comando de Operações de Divisas  na GO-040, em Abadia de Goiás, em 30 de março.

• O relatório indica que os policiais agiram em legítima defesa.

• Como não se trata de um crime militar, o processo foi encaminhado para a Justiça Comum.

PMs abordaram testemunhas

• A morte de Starley atraiu atenção após a divulgação de vídeos nos quais um dos policiais abordava dois civis e verificava seus celulares para saber se tinham filmado a operação. Em depoimento, o PM alegou que queria apenas verificar se havia algum registro que pudesse ser anexado à ocorrência.

• Dos quatro policiais da abordagem, três estão envolvidos na morte do corretor Marines Pereira Gonçalves e do autônomo Junio José de Aquino, ocorrida em 1º de abril, em Goiânia. Um vídeo do celular de Junio demonstrou uma simulação de confronto após as mortes. Seis policiais militares respondem pelo crime.

Fatos omitidos

• Marines e Starley foram consultados pelos policiais investigados no banco de dados da Secretaria de Segurança Pública de Goiás.

• O inquérito revela que o nome de Starley foi consultado quatro vezes no dia 10 de março e duas vezes no dia 16 de março no sistema da SSP, mas essas informações não foram citadas nas conclusões da Corregedoria.

• Mas, os policiais negaram saber que Starley era o mecânico. Segundo eles, realizavam um bloqueio de rotina quando a vítima passou em um veículo, aparentando nervosismo. Eles alegam que Starley começou a atirar, e afirmam ter encontrado uma arma e 5 kg de maconha no carro do mecânico.

• A Corregedoria informou que a viatura usada pelos policiais não possuía rastreador, impossibilitando a verificação da movimentação exata da equipe.

• O inquérito não esclarece se o médico que teria atendido Starley em um posto de saúde em Goiânia foi ouvido. Segundo os policiais, o mecânico foi levado ainda com vida para a unidade, onde um médico teria tentado salvá-lo. Starley foi atingido por disparos no pescoço e no peito, mas o laudo cadavérico não consta no processo.

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