Fato
• No dia 24 de março de 1999, o senador Iris Rezende usou a tribuna em Brasília para denunciar dois atores da justiça em Goiás: o procurador federal Hélio Telho e o juiz federal Alderico Rocha Santos, por atuarem, segundo ele, com parcialidade no caso Caixego.
Hélio Telho
• Ao defender a inocência do irmão, Otoniel Machado, Iris disse o seguinte sobre Hélio Telho: “já manifestara parcialidade no exercício de suas funções em todo o decorrer da campanha do ano passado (1998), acionando implacavelmente o PMDB e preservando a coligação adversária. Era ele o representante do Ministério Público junto ao Tribunal Regional Eleitoral. Não escondia a sua intolerância, quebrando o protocolo, fazendo publicamente acusações sem fundamento ao PMDB e deixando evidenciada sua paixão política. Ali estava mais uma cena de festival de vedetismo que se arrasta até hoje”, disse Iris.
Alderico
• Segundo Iris, Hélio tinha aversão ao PMDB e aos seus aliados, por isso teria voltado “sua artilharia para tentar envolver o Partido no caso Caixego”, afirmou.
• Após uma pausa, Iris contou sobre a dupla, procurador e juiz: “agiu de forma impiedosa, com o beneplácito do juiz federal Alderico Rocha Santos. Juntos, encenam um espetáculo marcado por abusos de poder e de autoridade jamais vistos na história de Goiás”, ressaltou.
Escândalo das fazendas
• Investigado por manter um patrimônio supostamente incompatível com seus rendimentos, o juiz federal Alderico Rocha Santos, de 58 anos, comprou duas fazendas por R$ 33,5 milhões e responde a um processo disciplinar no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que pode resultar em sua aposentadoria compulsória.