Fato
• O motorista Diego Michael Cardoso, de 40 anos, réu pelo acidente que resultou na morte de quatro policiais do Comando de Operações de Divisas (COD) da Polícia Militar de Goiás (PM-GO), não era o condutor do caminhão envolvido na tragédia. O acidente ocorreu em 24 de abril deste ano, na BR-364.
Reviravolta
• Inicialmente, Diego assumiu a responsabilidade pelo acidente, afirmando que ele dirigia a carreta que colidiu com a viatura policial. No entanto, investigações conduzidas pelo Ministério Público (MP) indicaram que Diego não era o motorista do caminhão no momento do acidente.
• As nova apuração também era um pedido da defesa de Diego, que solicitava os depoimentos das testemunhas.
• Diego estaria à frente, dirigindo outro veículo, enquanto o verdadeiro condutor da carreta envolvida no acidente era Jonathan Murilo Leite, de 22 anos, contratado por Diego.
• Ao ouvir o barulho da colisão e observar a cena pelo retrovisor, Diego parou o caminhão e foi a pé até o local do acidente.
• Diego, ao ver a gravidade da situação e como Jonathan não possuia habilitação específica para conduzir aquele tipo de caminhão, decidiu assumir que estava ao volante da carreta acidentada e instruiu o colega a deixar o local.
• A fraude foi descoberta no último dia 9 de setembro, quando uma testemunha procurou o MP, inclusive com imagens, e relatou ter visto uma pessoa diferente de Diego saindo do caminhão logo após o acidente.
Confissão
• Após a revelação, Diego foi intimado e confessou que, de fato, não estava dirigindo a carreta no momento da colisão.
• Com as novas informações, Jonathan Murilo Leite foi preso nesta quinta-feira em Uruana e deverá responder por homicídio doloso, já que, ao dirigir sem habilitação adequada, assumiu o risco de causar o acidente.
• Diego, qua está em prisão domiciliar, deverá responder por fraude processual, por ter tentado encobrir a responsabilidade do verdadeiro motorista.