Fato
• O pedreiro Lucas Costa Lopes Moreira, de 31 anos, foi morto em agosto durante uma abordagem policial na zona rural de Niquelândia.
• Ele era testemunha de defesa dos policiais presos pelo assassinato do ex-coordenador da campanha eleitoral de Caiado (2018) em Anápolis Fábio Escobar, assassinado em uma emboscada após denunciar corrupção e caixa dois tanto na campanha como na gestão do governador. Mais 7 pessoas foram mortas, entre elas uma grávida de 7 meses, Bruna Vitória Rabelo Tavares.
Caso
• Bruna era dona do celular que anteriormente pertencia a Lucas, o aparelho foi roubado por policiais e usado para atrair Fábio para a emboscada.
• Três policiais militares estão presos desde setembro de 2023, um deles deixou a prisão há alguns dias, e respondem pelas chacinas. Também são réus no caso: Carlos César Savastano de Toledo, o Cacai, ex-presidente do partido de Caiado na cidade e Jorge Caiado, primo do governador; os dois foram apontados como mandantes.
Celular
• O depoimento de Lucas sobre o celular foi importante para a Polícia Civil chegar ao traficante que comprou o aparelho em troca de drogas e o presenteado a namorada, Bruna Vitória Rabelo Tavares.
• Os PMs invadiram um motel onde eles estavam, torturaram o casal com saco plástico na cabeça e roubaram o celular. Bruna foi registrar um boletim de ocorrências na delegacia, onde foi vista pelos PMs agressores, esta foi a senha para sua execução. Os crimes aconteceram em 2021 e 6 pessoas foram mortas pelos policias em uma narrativa para justificar a morte de Bruna, como se fosse guerra de traficantes. Agora morre mais uma vítima no caso, Lucas Costa. Sobe para 9 pessoas e um bebê de 7 meses no útero da mãe, todos assassinados por policiais militares do governo Caiado, o mesmo denunciado por Escobar.
• Os policias presos foram interrogados na última semana, e como você viu aqui no Goiás24horas, eles afirmaram que este crime teria sido arquitetado pela Secretaria de Segurança Público do governo Caiado.