Um caso de herança
• O novo prefeito de Chapadão do Sul (MS), Walter Schlatter, eleito no dia 6 de outubro, enfrenta um processo judicial que questiona a falta de transparência no rateio da fortuna da família.
• Ao todo são sete filhos, sendo três mulheres e quatro homens. Seis são filhos da falecida esposa do patriarca, Alberto Schlatter, que decidiu dividir a herança em vida, e outro filho – Jonas Mulari Schlatter – que é fruto da união com Terezinha de Jesus Mulari Schlatter.
• Os outro irmãos de Walter são Samuel Schlatter, Walter Schlatter, Carlos Alberto Schlatter, Ana Lúcia Schlatter Matsumoto, Maria Schlatter Pavesi e Marta Schlatter Bianchessi.
Divisão injusta
• A partilha já vigente inclui o expressivo número de 18 fazendas, que totalizam 73 mil hectares. Elas ficam nos municípios de Chapadão do Sul, Costa Rica, em Mato Grosso do Sul, e nos estados de Goiás e Mato Grosso. As propriedades rurais foram avaliadas em R$ 119,8 milhões. Contudo, a considerar o preço do hectare em Chapadão, que tem média de R$ 50 mil, a projeção é de que valham muito mais, chegando aos bilhões.
• Somente os quatro filhos homens são sócios do “grupo”, e foram beneficiados, enquanto as filhas mulheres, em especial as gêmeas, completamente relegadas.
Faltou transparência
• A partilha foi registrada em 2014, por meio de um instrumento particular de transação extrajudicial de doação.
• De acordo com o processo, que tramita na 1ª Vara de Chapadão do Sul, as irmãs Marta e Maria não concordaram em assinar por avaliarem que faltava transparência. Depois, assinaram o documento.
• Elas também pedem avaliação para saber o real valor dos bens, alguns registrados há mais de 40 anos.