Quem vai cuidar?
• O bebê estava doente e a mãe, que é professora da rede Estadual, preocupada com a saúde do filho não teve dúvidas: telefonou no colégio e informou que não poderia trabalhar naquele dia, pois tinha que levar o filhinho ao médico. Na manhã seguinte ela apresentou o atestado, que foi ignorado e no final do mês veio a surpresa, o governo Caiado descontou no salário o dia de serviço.
• E se ela não cuidasse da saúde do filho? E se a doença fosse séria? Deixaria morrer? Toda criança tem direito à proteção à vida e à saúde e cabe aos pais a obrigação do cuidado.
Punida por perguntar
• A professora Roberta da Silva Batista perguntou em uma ‘live’ da Secretária da Educação do Caiado, dona Fátima Gavioli, sobre a situação e foi recebida com uma tijolada: “você não é obrigada a trabalhar não, se você for contrato, e você acha que tem que ter um emprego que libera para ir ao médico, você precisa sair”, disse.
• A lei não diz isso, pelo contrario, ‘o empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário”, diz a lei n.º 13.257/2016, referente aos direitos dos pais trabalhadores quanto ao filho na primeira infância.
Chibata
• Fátima Gavioli mostrou suas garrinhas imediatamente e após a pergunta mandou pesquisarem quem era a servidora ‘petulante’ e sem a menor cerimônia a demitiu. “Cheguei para trabalhar na segunda (28) e recebi o comunicado de demissão”, disse Roberta em um vídeo.
• Não é novidade para ninguém que a família Caiado é chegada no ‘trabalho escravo’, aliás, um primo do governador está com o nome na ficha suja nacional, um cadastro dos exploradores da mão de obra dos mais pobres em fazendas.
Caiado, que vergonha, estabelecer essa regra da chibata no Estado é imoral e absurdo! Pior ainda será o Ministério Público do Trabalho aceitar esse açoite nos direitos de uma uma mulher, mãe e trabalhadora.
Veja no vídeo;