Lei imoral e ilegal
- O governador Ronaldo Caiado segue firme no propósito de destruir o plano de carreira de policiais e bombeiros militares do estado de Goiás. Nesta semana, ele enviou projeto de lei à Assembleia Legislativa de Goiás que coloca fim ao limitador que restringe a 50% o número de tenentes coronéis no critério antiguidade para concorrer à patente de coronel. Isso significa que qualquer tenente-coronel, mesmo aqueles com menos tempo de serviço, podem ser nomeados para virarem coronel.
Benefícios aos protegidos de Caiado
- Na prática, o que o governador quer é indicar seus protegidos, em especial aqueles que apoiam os mandos e desmandos de Caiado. Vale lembrar que o projeto não só acaba com a tradição de crescimento no plano de carreira, mas também com a hierarquia de tempo e patente que há nas corporações militares.
Pegou mal
- Presidentes de entidades de classe representativas da PM e do Corpo de Bombeiros mostraram descontentando e indignação com a proposta do governador Caiado. “Esse projeto foi elaborado por 7 tenentes-coronéis que trabalham no Palácio e aprovada pelo secretário de segurança, sem consultar a tropa, as entidades de classe”, criticou o presidente da Caixa Beneficente da PM e CBM, tenente coronel Nilson Justino.
- De acordo com ele, a proposta de Caiado vai jogar um banho de água fria nos tenentes-coronéis que trabalham em prol da segurança há vários anos.
Caiado, o destruir de carreiras
- De acordo com o presidente da ACS, subtenente Gilberto Cândido, o governador deu mais um passo para destruir o plano de carreira da PM e do Corpo de Bombeiros. “Ele sempre procurou atrapalhar as nossas instituições. Estão fazendo politicagem e vão acabar com a hierarquia e disciplina das corporações”, criticou.
Deputados
- Os deputados estaduais Gustavo Sebba e Major Araújo já se colocaram contra o projeto. “Não podemos permitir aparelhamento da PM. É um balde de água fria na motivação dos oficiais, que tem anos dedicado à corporação. O governador está quebrando o pouco critério técnico no caso das promoções. É desmotivante”, disse Sebba.
- Major Araújo, por sua vez, afirmou que lutará contra o projeto e que se a proposta for aceita, entrará na Justiça pedindo a nulidade. “É um dispositivo ilegal, imoral, inconstitucional, e que prejudica a maioria os tenentes-coronéis, vai travar o quadro da carreira. É uma lei que só beneficia alguns. Lei não pode ser por conveniência, tem que atender o interesse geral”, ressaltou.
